Sacrário da Capela dos Seminaristas com o Brasão da Ordem (Seminário São Pio X, no México) |
Os agostinianos recoletos querem responder desde seu carisma às necessidades dos homens e mulheres do século XXI. No último Capítulo Geral –máximo órgão de governo- foi decidido iniciar um processo de revitalização que passa pela revisão e adaptação das suas estruturas para viver com radicalidade seu compromisso religioso a serviço de Deus e dos homens. O Prior Geral, Miguel Miró, nomeou uma equipe de trabalho composta por um agostiniano recoleto de cada uma das oito províncias que formam a Ordem em todo o mundo.
Por meio de uma comunicação oficial interna datada de 19 de março último, o Prior Geral deu início ao processo de revitalização e reestruturação da Ordem dos Agostinianos Recoletos. No decorrer dos próximos meses, a equipe de trabalho elaborará um plano estratégico para os próximos seis anos. O objetivo é envolver todos os agostinianos recoletos nas mudanças pelas quais a instituição deverá passar a fim de adaptar-se aos novos tempos e aos parâmetros da Nova Evangelização implementada pela Igreja.
A comissão responsável pela elaboração do plano “tratará de conhecer as forças e debilidades das províncias e proporá, visando o futuro, as prioridades e projetos da Ordem”, escreve em seu documento o padre Miró. O objetivo é canalizar a vitalidade que brota do carisma agostiniano recoleto para animar os religiosos a trabalharem com o orgulho de pertencer a uma instituição com mais de quatro séculos de história, mas animada a participar de um projeto novo. O Prior Geral insiste em que “a revitalização é para nós um desafio que necessita ser afrontado a partir da esperança e da segurança que o Senhor nos dá”.
Momento histórico
A comissão encarregada de animar e planejar a estratégia para a revitalização terá que indagar ‘como assumir os desafios da Nova Evangelização’. Terá que discernir quais são as prioridades da Ordem e como esta pode se organizar melhor para responder às necessidades da Igreja. Trata-se de um momento histórico numa Ordem com mais de 400 anos de história. As consequências advindas daí são uniões, desaparecimento ou criação de novas províncias, fechamento e aberturas de ministérios… Por outro lado se conseguiria uma purificação do carisma agostiniano recoleto, que não é outra coisa senão viver em comunidade, na oração e na vida comum, o carisma de santo Agostinho. O Prior Geral explica claramente que “a reestruturação não é só um reajuste de ministérios ou um fechar-se em si mesmo, mas que se trata de colaborar com a criatividade do Espírito para responder às necessidades de nosso tempo”.
Audaciosos
A carta em que se anuncia o início da revitalização destaca que “de nada servem as desqualificações, o pessimismo resignado ou o otimismo ingênuo, nem tampouco ajudam o olhar de curto alcance que nos encerram no que ‘eu faço, em minha comunidade, minha vigararia ou minha província’. Não basta a realização de o mínimo necessário que nos leva ao desencanto, nem basta uma vida amorfa com escassez de iniciativas, que vai em detrimento do que a Igreja espera hoje de nós”. Antes, ao contrário, o Prior Geral insiste em que as mudanças a serem vivenciadas pela Ordem dos Agostinianos Recoletos requerem audácia e sacrifício por parte de todos e cada um dos frades que formam esta família religiosa.
Fonte: Site da Ordem dos Agostinianos Recoletos
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