sábado, 19 de junho de 2010

PAPA AOS BISPOS DO REGIONAL LESTE 2 DA CNBB - ESPÍRITO SANTO E MINAS GERAIS


Cidade do Vaticano, 19 jun (RV) - Esta manhã, o Papa recebeu os 35 bispos do Regional Leste 2, que se encontram em Roma para a sua quinquenal visita ad Limina Apostolorum. Neste contexto, os prelados titulares e eméritos das dioceses de Minas Gerais e Espírito Santo estão visitando há dias vários departamentos da Cúria e do Vaticano, como a sede da Rádio, na Piazza Pia.
O Arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Presidente do Regional 2, abriu o encontro saudando o Pontífice em nome de todo o grupo e ilustrando os desafios e problemas dos dois Estados que compõem o Regional.
Dom Walmor exaltou a fé profundamente enraizada do povo e a riqueza do patrimônio religioso de seu Regional, definindo-o “coração católico na Igreja do Brasil”. E garantiu ao pontífice: “Viemos aqui para ouvi-lo”.
Em seguida, o Pontífice proferiu seu discurso. Recordando sua missão de ensinar com audácia a verdade que se deve crer e viver, o Papa convidou os bispos a ajudarem os fiéis a eles confiados a descobrirem a alegria da fé e de serem pessoalmente amados por Deus, e os animou com as seguintes palavras:
“Queridos irmãos, tende grande confiança na graça e sabei infundir esta confiança no vosso povo, para que a fé sempre seja guardada, defendida e transmitida na sua pureza e integridade”.
De todos os deveres do ministério episcopal, Bento XVI ressaltou “o mais imperioso e importante”: a responsabilidade pela celebração da Eucaristia, oferecendo a possibilidade de acessar à mesa do Senhor, sobretudo ao domingo que é o dia em que a Igreja descobre a sua peculiar identidade cristã ao redor dos presbíteros.
No múnus de ser promotores e animadores da oração na cidade humana, freqüentemente agitada, rumorosa e esquecida de Deus, o Papa aconselhou os bispos a criarem lugares e ocasiões de oração, onde no silêncio, na escuta de Deus, na oração pessoal e comunitária, o homem possa encontrar e fazer a experiência viva de Jesus Cristo.
“É preciso que as paróquias e os santuários, os ambientes de educação e sofrimento, as famílias se tornem lugares de comunhão com o Senhor” - destacou.
O Pontífice fez outra recomendação, pedindo aos bispos que promovam a participação de todos os fiéis na edificação da Igreja, governando com coração de servo humilde e pastor afetuoso. Em virtude do múnus de governar, o Bispo é chamado também a julgar e disciplinar a vida do povo de Deus confiado aos seus cuidados pastorais, através de leis, diretrizes e sugestões, como previsto na disciplina universal da Igreja. Este direito e dever é muito importante para que a comunidade diocesana permaneça unida no seu interior e caminhe em sincera comunhão de fé, de amor e de disciplina com o Bispo de Roma e com toda a Igreja. "Para isso - pediu - não vos canseis de alimentar nos fiéis o sentido de pertença à Igreja".
Entretanto, Bento XVI ressaltou:
“O governo do Bispo só pode ser pastoralmente proveitoso se gozar do apoio de uma boa credibilidade moral, que deriva da sua santidade de vida. Tal credibilidade predisporá as mentes para acolherem o Evangelho anunciado por ele na sua Igreja e as normas que ele estabelecer para o bem do povo de Deus”.
Neste sentido, convidou os bispos brasileiros a fazerem-se “tudo para todos”, acolhendo de coração aberto quantos batem à sua porta, aconselhando-os, confortando-os e apoiando-os no caminho de Deus.
Na conclusão do encontro, o Papa renovou seus sentimentos de gratidão pelo serviço que prestam à Igreja com dedicação e amor, invocou de Cristo a abundância dos dons e consolações celestes a seu ministério e concedeu a Bênção Apostólica ao grupo, estendendo-a aos sacerdotes e diáconos, consagrados e consagradas, seminaristas e leigos. (CM)


Fonte: Site da Rádio Vaticano



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