segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

MISSA COM OS JOVENS


FORMAÇÃO PARA COORDENADORES DOS CPP's

No último domingo (25/02) aconteceu no Seminário Bom Pastor, em Cachoeiro de Itapemirim, a Formação para Coordenadores de CPP’s.



O encontro contou com a participação de aproximadamente 70 pessoas, dentre elas do coordenador Diocesano de Pastoral, Padre Andherson Franklin Lustoza de Souza, e do nosso Bispo Diocesano Dom Dario Campos.



A compreensão, a compaixão, o acolhimento do novo foram temas abordados no encontro. O Ano do Laicato e a Assembleia Diocesana também tiveram destaque nas falas do Padre e do Bispo.





Sal e Luz do Mundo



Em determinado momento, Padre Andherson Franklin fez uma reflexão em torno do ”sal e luz”, dialogando com os presentes e mostrando a importância do leigo no cotidiano da Igreja:



“O Sal era utilizado para conservar, conservar os alimentos. A luz era necessária para guiar, guiar os peregrinos, como guiou os Reis Magos. Vejam que nós, em nosso caminho pastoral na nossa Diocese, somos convidados pela Igreja a sermos o sal, ou seja, conservar, manter viva a memória, a história, o caminho, a fecundidade de nossas Comunidades Eclesiais de Base.



“Mas ao mesmo tempo como luz somos convidados a guiar outros no mesmo caminho. O sal e a luz eram elementos essenciais, e são ainda para nós. Quando Jesus fala ‘vocês são o sal da terra’, ele quis dizer conservem em vocês mesmos os valores do Evangelho”





Abertura da Assembleia Diocesana



Em sua fala, Dom Dario Campos declarou aberta oficialmente a Assembleia Diocesana de 2018, dizendo que naquele momento tinha início um processo que culminará no encontro dos dias 10 e 11 de novembro:



“Vocês são os primeiros a levarem para as paróquias e comunidades essa ajuda para a construção do processo até chegarmos à Assembleia Diocesana”.



Neste ano do Laicato, nossa Diocese caminha para o protagonismo leigo, rumo à Assembleia ao final de 2018.



“Os leigos se santificam em atividades diárias”.

Fonte: Site Oficial da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim






sábado, 24 de fevereiro de 2018

REFLEXÃO PARA O 2º DOMINGO DA QUARESMA - O SACRIFÍCIO DE AGRADA O SENHOR É UMA ATITUDE DE DESPOJAMENTO E DESACOMODAÇÃO

Padre Cesar Augusto dos Santos - Cidade do Vaticano
Geralmente, apesar de nossa fé no Deus de Amor revelado por Jesus, temos atitudes pagãs em que julgamos o Todo Poderoso nos solicitar sacrifícios desumanos. Assim pensamos que para Deus é agradável penitências dolorosas, difíceis e até para falar com Ele são necessários procedimentos artificiais e fora de nossa realidade.
Tudo isso mostra que raízes pagãs ancestrais estão arraigadas em nossa cultura como estava na de Abraão, marcada por forte politeísmo cujo culto se expressava com inúmeros sacrifícios às divindades.
Abraão que aos poucos conhece o Deus único e verdadeiro, que se lhe apresenta, tem sua fé colocada à prova com o sacrifício de seu filho Isaque. Tendo Abraão provado sua fé, Deus poupa-lhe o sacrifício revelando sua bondade e generosidade. O que passa pela cabeça de Abraão, passa também pela nossa.
Julgamos que Deus se satisfaz com aquilo que é mais doloroso e difícil. Que Deus é esse? Certamente não é o que se revelou a Abraão e muito menos o revelado por Jesus Cristo no Evangelho.
O que Abraão desejava e agradou a Deus foi sua atitude de desacomodação em deixar sua casa paterna, sua pátria e ir para o desconhecido, apenas confiando na Palavra do Senhor. A atitude de matar seu filho, evidentemente não agradou ao Poderoso, mas mostrou que também abria mão de seu futuro e só esperava em Deus.
O sacrifício que agrada ao Senhor é uma atitude de despojamento e de desacomodação, de entrega total à Sua Palavra e de confiança absoluta nele.
No Evangelho temos o relato da Transfiguração do Senhor. Vamos observar a atitude de Pedro. Ele priva, juntamente com João e seu irmão Tiago, de uma amizade especial com o Senhor e lhe é revelado, de modo enfático, a paixão que Jesus sofrerá. Enquanto Jesus busca prepará-los para o momento decisivo de sua luta contra o mal, Pedro fica fascinado pelo momento que vive, diríamos hoje, deslumbrado, e propõe a estabilidade, a acomodação através da construção de tendas, no desejo de perenizar o passageiro.
O Pai lhe chama a atenção dizendo para ouvir o que O Filho amado tem a dizer. Nesse momento acaba a teofania e apenas Jesus permanece com eles. O único necessário em nossa vida é ouvir Jesus, a Palavra do Pai. A renúncia que agrada a Deus, a abnegação desejada, a penitência autêntica é colocar tudo em segundo plano e apenas Jesus Cristo como o absoluto de nossa vida.
Tudo o que a vida me oferece, seja no plano material, seja no espiritual, tudo deverá ser relativizado: família, saúde, religião, carreira, honra, tudo. Todos esses valores deverão ser vivenciados à medida que me aproximam de Deus.
A santidade do relacionamento entre esposos, pais, filhos, irmãos e irmãs, não está nele mesmo, mas enquanto são relacionamentos que me levam a Deus, me levam a amar. Sendo assim eles se tornam sagrados. 
Queridos amigos leitores, as cruzes que encontramos na vida conjugal, familiar, profissional, na comunidade eclesial, e em tantos outros lugares, foram anunciadas na transfiguração de Jesus e fazem parte dessa vida de entrega, de renúncia, de abnegação, de penitência, de amor.
E neste tempo de penitência não nos esqueçamos o jejum que sobremaneira é agradável a Deus: “soltar as algemas injustas, soltar as amarras de jugo, dar liberdade aos oprimidos e acabar com qualquer escravidão”.
Sigamos o Mestre e, como ele, sejamos generosos em amar.
Fonte: Vatican News

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

CONVITE PARA MISSA DE 1º MÊS DE FALECIMENTO DE DOM CÉLIO DE OLIVEIRA GOULART

A Diocese de Cachoeiro de Itapemirim convida a você e sua família para participarem da Celebração Eucarística em sufrágio pela alma de Dom Célio de Oliveira Goulart (primeiro mês de seu falecimento), nesta segunda-feira, às 18h30min, na Igreja Catedral de São Pedro, localizada no centro da cidade. A celebração eucarística será presidida por Dom Dario Campos, O.F.M. e concelebrada pelos padres que se fizerem presentes.

Dom Célio de Oliveira Goulart foi o terceiro bispo diocesano que governou a Diocese de Cachoeiro de Itapemirim e veio a falecer em janeiro deste ano.

ACONTECEU A BÊNÇÃO PARA OS ESTUDANTES E PROFESSORES NA CONSOLAÇÃO

Aconteceu nesse 1º Domingo da Quaresma, na Celebração Eucarística das 17h, na Igreja de Nossa Senhora da Consolação, a bênção para os estudantes e professores para que o início do ano letivo de 2018 seja cheio das graças de Deus. A santa missa foi presidida pelo pároco Frei Silvestre Brunoro, O.A.R.

A Igreja de Nossa Senhora da Consolação ficou repleta de crianças, adolescentes, jovens e adultos estudantes, além de alguns professores que se fizeram presentes, para participarem da liturgia quaresmal.

A motivação para que os estudantes e profissionais da área de educação se fizessem presentes foi feita pela Renovação Carismática Católica da Paróquia Nossa Senhora da Consolação.







sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

16 DE FEVEREIRO DE 2018: DIOCESE DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM COMPLETA 60 ANOS DE CRIAÇÃO

Sexagenária! Hoje, 16 de fevereiro, a Diocese de Cachoeiro de Itapemirim completa 60 anos de criação.

Criada pela Bula “Cum Territorium”, do Papa Pio XII, foi desmembrada da então Diocese do Espírito Santo, hoje Arquidiocese de Vitória, no ano de 1958.

A extensão territorial da Diocese continua sendo a mesma da época de sua fundação, mas o número de cidades e paróquias aumentou. Hoje, sua área geográfica abrange 27 municípios do Sul do Estado do Espírito Santo, que juntos totalizam 43 paróquias, 1.040 comunidades e aproximadamente meio milhão de fiéis.

A Diocese conta ainda com dois seminários para formação de presbíteros, o Seminário Bom Pastor, tendo como Reitor o Padre Antônio Tatagiba Vimercat, e o Seminário Maior São João Maria Vianney, localizado em Cariacica, com a reitoria do Padre Thiago da Silva Vargas.


Bispos Diocesanos

O primeiro Bispo Diocesano a pastorear a Diocese de Cachoeiro de Itapemirim foi Dom Luiz Gonzaga Peluso, tomando posse quase 2 anos após a criação da Diocese. Dom Luiz faleceu em 1993 e está sepultado na Catedral de São Pedro, em Cachoeiro de Itapemirim.

Em dezembro de 1985 a Diocese de Cachoeiro conheceu seu segundo Bispo: Dom Luiz Mancilha Vilela, sscc, que no ano seguinte já deu prosseguimento a toda a caminhada realizada por Dom Luiz Peluso. Atualmente, Dom Luiz Mancilha Vilela é o Arcebispo da Arquidiocese de Vitória.


No ano de 2003 tomou posse o terceiro Bispo de Cachoeiro, Dom Célio de Oliveira Goulart, no dia 06 de setembro.  Em maio de 2010, porém, o Papa Bento XVI nomeou Dom Célio como Novo Bispo da Diocese de São João Del Rei (MG), fazendo com que a Diocese de Cachoeiro entrasse pela terceira vez em sua história em período de vacância. Em janeiro de 2018, recebemos a triste notícia do falecimento de Dom Célio.


Dom Dario e convite

Foi no ano de 2011 que a Diocese de Cachoeiro de Itapemirim acolheu com extrema alegria o seu atual pastor, Dom Frei Dario Campos, ofm. Com o lema episcopal “Nas tuas Mãos”, Dom Dario vem dando seguimento a esta caminhada que hoje completa 6 décadas.

Atualmente, juntamente com o Bispo Diocesano, reside na Cúria da Diocese de Cachoeiro o Bispo Emérito de Teófilo Otoni (MG) Dom Diogo Reesink. Dom Diogo é natural da Holanda e nutre com Dom Dario uma grande amizade.

E neste dia de comemoração, todos estão convidados a participar da Santa Missa em Ação de Graças pela Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, hoje, às 18h30, na Catedral de São Pedro (Cachoeiro). Dom Dario Campos, juntamente com o Clero da Diocese, lhe receberá com imensa felicidade.

Fonte: Site Oficial da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim

Dom Dario Campos, O.F.M. (4º bispo diocesano)

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

MEMÓRIA À IRMÃ CLEUSA CAROLINA RODY COELHO

A Paróquia Nossa Senhora do Amparo e a autoridades municipais da cidade de Itapemirim, Espírito Santo, prestaram bonita homenagem à Irmã Cleusa Carolina Rody Coelho, mártir Missionária Agostiniana Recoleta que defendeu as classes menos favorecidas até sua morte.



Itapemirim é a cidade onde a família de Irmã Cleusa viveu por alguns anos e onde ela foi batizada. A atual administração do município decidiu manter viva a memória da missionária, homenageando-a ao dedicar seu nome a uma das praças da cidade.



No dia 16 de janeiro houve a inauguração, com a bênção da Placa seguida da Celebração Eucarística no mesmo local, presidida pelo Padre José Carlos Ferreira da Silva, Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Amparo. A Praça Irmã Cleusa fica na entrada do município de Itapemirim.





Irmã Cleusa



Mártir da justiça e da paz, missionária agostiniana recoleta, Irmã Cleusa Carolina Rody Coelho nasceu em 12 de novembro de 1933, em Cachoeiro de Itapemirim. Iniciou seus contados com os Frades Agostinianos Recoletos que trabalhavam na Paróquia São Pedro na época. Estudou no Colégio Estadual Muniz Freire – Liceu, em Cachoeiro, local que recebeu a medalha de ouro de melhor aluna, durante dois anos seguidos.



Ingressou na Congregação das Missionárias Agostinianas Recoletas (MAR). Durante sua vida religiosa, esteve em missão nos municípios de Colatina (ES), Vitória (ES), Manaus (AM) e Lábrea (AM).



E foi no município amazonense, em 28 de abril de 1985, em defesa da terra e da paz indígena, que Irmã Cleusa foi assassinada às margens do Rio Paciá. Foram 32 anos de vida missionária dedicada ao serviço dos mais pobres e marginalizados.

Atualmente encontra-se na Cidade do Vaticano o processo para sua beatificação.

Fonte: Site Oficial da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim





quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

MISSA COM A BÊNÇÃO DOS MATERIAIS ESCOLARES


ESCOLA DE TEOLOGIA PASTORAL "SANTO AGOSTINHO"


CALENDÁRIO QUARESMAL 2018


ORAÇÃO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2018


PAPA ENVIA MENSAGEM AOS BRASILEIROS POR OCASIÃO DA CF2018

Silvonei José – Cidade do Vaticano
Todos os anos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresenta a Campanha da Fraternidade como caminho de conversão quaresmal. Um caminho pessoal, comunitário e social que visibilize a salvação paterna de Deus. “Fraternidade e superação da violência” é o tema da Campanha para a Quaresma, em 2018. O Evangelho de Mateus inspira o lema: “ Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8).
A Campanha será lançada oficialmente nesta Quarta-feira de Cinzas e tem como objetivo geral: “Construir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência”.
De acordo com o Secretário-Geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrichs Steiner, sofremos e estamos quase estarrecidos com a violência. Não apenas com as mortes que aumentam, mas também por ela perpassar quase todos os âmbitos da nossa sociedade. A ética que norteava as relações sociais está esquecida. Hoje, temos corrupção, morte e agressividade nos gestos e nas palavras. Assim, quase aumenta a crença em nossa incapacidade de vivermos como irmãos.
Por ocasião do lançamento da Campanha da Fraternidade 2018 o Papa Francisco enviou uma mensagem ao Presidente da CNBB, o arcebispo de Brasília, Cardeal Dom Sérgio da Rocha.
Eis na íntegra a mensagem do Papa:

Queridos irmãos e irmãs do Brasil!
Neste tempo quaresmal, de bom grado me uno à Igreja no Brasil para celebrar a Campanha “Fraternidade e a superação da violência”, cujo objetivo é construir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência. Desse modo, a Campanha da Fraternidade de 2018 nos convida a reconhecer a violência em tantos âmbitos e manifestações e, com confiança, fé e esperança, superá-la pelo caminho do amor visibilizado em Jesus Crucificado.
Jesus veio para nos dar a vida plena (cf. Jo 10, 10). Na medida em que Ele está no meio de nós, a vida se converte num espaço de fraternidade, de justiça, de paz, de dignidade para todos (cf. Exort. Apost. Evangelii gaudium, 180). Este tempo penitencial, onde somos chamados a viver a prática do jejum, da oração e da esmola nos faz perceber que somos irmãos. Deixemos que o amor de Deus se torne visível entre nós, nas nossas famílias, nas comunidades, na sociedade.
“É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação” (1 Co 6,2; cf. Is 49,8), que nos traz a graça do perdão recebido e oferecido. O perdão das ofensas é a expressão mais eloquente do amor misericordioso e, para nós cristãos, é um imperativo de que não podemos prescindir. Às vezes, como é difícil perdoar! E, no entanto, o perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração, a paz. Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança é condição necessária para se viver como irmãos e irmãs e superar a violência. Acolhamos, pois, a exortação do Apóstolo: “Que o sol não se ponha sobre o vosso ressentimento” (Ef 4, 26).
Sejamos protagonistas da superação da violência fazendo-nos arautos e construtores da paz. Uma paz que é fruto do desenvolvimento integral de todos, uma paz que nasce de uma nova relação também com todas as criaturas. A paz é tecida no dia-a-dia com paciência e misericórdia, no seio da família, na dinâmica da comunidade, nas relações de trabalho, na relação com a natureza. São pequenos gestos de respeito, de escuta, de diálogo, de silêncio, de afeto, de acolhida, de integração, que criam espaços onde se respira a fraternidade: “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8), como destaca o lema da Campanha da Fraternidade deste ano. Em Cristo somos da mesma família, nascidos do sangue da cruz, nossa salvação. As comunidades da Igreja no Brasil anunciem a conversão, o dia da salvação para conviverem sem violência.
Peço a Deus que a Campanha da Fraternidade deste ano anime a todos para encontrar caminhos de superação da violência, convivendo mais como irmãos e irmãs em Cristo. Invoco a proteção de Nossa Senhora da Conceição Aparecida sobre o povo brasileiro, concedendo a Bênção Apostólica. Peço que todos rezem por mim. 
Vaticano, 27 de janeiro de 2018.
[Franciscus PP.]
Fonte: Site Vatican News

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

DO QUE ADIANTA FALAR QUATRO IDIOMAS E NÃO DIZER "BOM DIA" NO ELEVADOR?

Por André J. Gomes

Competitividade sem educação estão nos transformando em perigosas bestas. "Sai da frente ou eu atropelo" é o recado.
Em algum momento da vida, o mundo resolveu entender "competitividade" como alguma coisa parecida com o ditado antigo que diz "farinha pouca, meu pirão primeiro". Que pena.
Eu tenho a impressão de que esse engano é um dos grandes causadores da miséria em que nos enfiamos.

No meio desse equí­voco, ser competitivo significa viver contra o outro, querer tudo e querer antes de todo mundo. Por aí, um batalhão competitivo espera sedento sua vez de partir para cima, de agarrar a chance com unhas e dentes, de provar seu valor, de fazer e acontecer. E tudo isso significa "passar por cima" de quem estiver na frente.

Em treinamentos e palestras, gurus de autoajuda repetem "você é especial porque foi o único espermatozoide a atingir o óvulo de sua mãe" e outras bobagens. Mas quase ninguém diz o essencial: "educação, respeito, ética e honestidade deixam o mundo melhor."

Sem esses valores, ser competitivo é uma desgraça! O sujeito competitivo e mal-educado, desrespeitoso, antiético e desonesto é um monstro. Ponto! Não tem escrúpulos nem limites. Faz qualquer coisa em nome de suas metas.

Verdade é que competitividade sem educação estão nos transformando em perigosas bestas. "Sai da frente ou eu atropelo" é o recado.

Nessa disputa estrábica, a gente aprende a falar inglês, alemão, espanhol, mandarim mas esquece como dizer "bom dia" no elevador!

"Fulano é poliglota!", sabe pressionar, mentir, ofender e chantagear em quatro ou cinco idiomas! De que adianta?

Empatia, simpatia, fraternidade e outras joias são consideradas lixo entre os mal competitivos. Porque "abrem a guarda". Ser gentil é mostrar fragilidade. O competidor matador fecha a cara e atropela. Aqui entre nós, tão ruim quanto os maus perdedores é o péssimo ganhador!

Dia desses, na festinha de aniversário do meu filho num bufê infantil, as moças que organizam a recreação fizeram lá pelas tantas a velha brincadeira da "dança das cadeiras" com as crianças. Na rodada final, disputando o último assento, restaram um menino e uma menina. Tal como um gladiador, para ganhar a peleja o garoto de nove anos empurrou a menina com tanta força que a machucou. A menina saiu chorando, os joelhos esfolados, e o menino foi festejado pelos amigos.

É triste mas é a verdade. A sanha de vencer a qualquer preço nos transforma, em qualquer idade, em perfeitos panacas. Cheios de motivação e energia, talhados em regras e chavões neurolinguí­sticos batidos mas tão esquecidos do óbvio: mais importante que ser melhor do que o outro é tratar o outro melhor.

Fonte: Revista Pazes