quinta-feira, 30 de junho de 2011

HOMILIA DE DOM DÉCIO SOSSAI ZANDONADE, PROFERIDA NA MISSA SOLENE DE SÃO PEDRO APÓSTOLO, EM CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM



Homilia na festa de São Pedro

29 de junho de 2011

Surpreso fiquei quando Pe.Tatagiba, administrador diocesano, me convidou para presidir esta celebração festiva do padroeiro de Cachoeiro e da Diocese, São Pedro Apóstolo. A ele caberia esta honra. Ainda mais porque está chegando ao fim seu serviço sábio e humilde à frente da administração desta Diocese no aguardo do novo bispo que tomará posse no próximo dia 10 de julho. Insistiu. Não pude negar. Não nego, porém, que fiquei feliz. Tenho motivos. Recordo alguns:

Minha família e eu somos diocesanos de Cachoeiro. Venda Nova do Imigrante sempre fez parte desta grande família de fé. Ainda mais porque o padroeiro de uma e outra é o mesmo São Pedro. Belas recordações de infância, todas ligadas a este dia festivo, remexem ainda em meu coração. Foi numa festa de São Pedro que recebi pela primeira vez a Cristo Jesus na Eucaristia. Preparado cuidadosamente por meus pais Máximo Zandonade e Marta Altoé, até mesmo no exercício de andar de sapatos (nunca havia usado), saí cedinho de casa, no rigoroso jejum, carregando os sapatinhos na mão e sendo alimentado com piedosos pensamentos por meu pai. Dia feliz. Não somente pelo pão espiritual mas – por que negar? – também pelo delicioso pão material, pão doce que desfiava em massa fina de trigo branco e nos era oferecido após a missa surpreendendo o paladar de uma criança que nunca havia comido pão de padaria. Talvez vindo de Castelo ou mesmo de Cachoeiro. Nesta festa, uma tradição fazia também a alegria das crianças. O galo velho do terreiro ia para a panela. O pobre do galo cantador que havia denunciado a fraqueza de Pedro, perseguido ruidosamente pelas crianças era sacrificado e tornava-se o prato principal da festa.

 
Meu primeiro contato com Cachoeiro deu-se aos 25 de fevereiro de 1952, há quase 60 anos. Havia apenas completado 9 anos quando, juntamente com outros quatro coleguinhas, entre eles meu irmão Celso, éramos conduzidos para o Aspirantado Salesiano de Jaciguá. Cinco caipirinhas espantados com tudo o que viam. Primeiro, a jardineira do Sr. Otávio Perim, para nós um pequeno monstro, nos conduziu até Castelo. Depois – espanto ainda maior – o trem de ferro, a simpática “maria fumaça” nos transportou de Castelo a Cachoeiro. A pequena Cachoeiro de então era para nós algo nunca visto, uma cidade enorme. Lembro-me como se fosse hoje o desconforto dos cinco caipiras carregando cada um, às costas, um saco branco com um pequeno enxoval, andando em fila, atravessando o que nos parecia uma grande praça, sendo ridicularizados com assobios por meninos que se deliciavam com aquele espetáculo inusitado. Era terça-feira de Carnaval. Entramos assustados no assim chamado “trem noturno” que nos deixou em Jaciguá.

Com certeza as marcas deste primeiro encontro não foram assim tão boas. Na minha mente e em meu coração ficam, no entanto, as inumeráveis lembranças positivas desta bela cidade e deste bom povo. Cachoeiro do Rei Roberto Carlos, do grande Rubem Braga, do eminente jurista João Batista Herkennhoff. Cachoeiro da Santa Casa e das Irmãs de Jesus na Eucaristia. Cachoeiro da madre Gertrudes. Cachoeiro dos bons médicos como o saudoso Dr. Dalton, mais que médico, pai e amigo de todos, especialmente dos imigrantes italianos. Cachoeiro do comércio variegado. Cachoeiro dos irriquietos ferroviários. Cachoeiro dos colegas de seminário: Lofego, Alochio, Scaramussa, Jomar, Agrizzi, Altoé, Sossai Cipriano e tantos outros. Cachoeiro capital nacional do mármore e do granito. Cachoeiro de Jerônimo Monteiro e uma plêiade de políticos e administradores. Cachoeiro do leite e do calçado. Cachoeiro da Itapemirim. Cachoeiro do Itapemirim. Princesa do Sul.

 
Na base de todos estes títulos, porém, está a fé sustentada por Pedro e seus sucessores. “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16). Pedra que é a fé em Cristo Jesus. “Rezei por ti – disse Ele um dia a Pedro – para que tua fé não desfaleça e tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos” (Lc 22). Esta fé trazida e semeada aqui pelas missões jesuíticas, fortalecida pela imigração italiana, confirmada e defendida por zelosos pastores, se multiplicou em milhares comunidades eclesiais que formam hoje a santa e saudável Diocese de Cachoeiro do Itapemirim.

Nossa gratidão vai hoje a Deus pelo saudoso, sábio e reto Dom Luiz Gonzaga Peluso, que me ordenou presbítero; pelo dinâmico e determinado Dom Luiz Mancilha, hoje arcebispo metropolitano de Vitória; pelo afável e bondoso Dom Frei Célio, hoje bispo de São João del Rei; e, agora, pelo envio de Dom Dario Campos, novo bispo nomeado desta Diocese e que, certamente, por sua natural simpatia e alegria, realizará com perfeição a missão que o Espírito lhe confiou à frente desta preciosa Igreja Particular de Cachoeiro do Itapemirm. Louvo a Deus pela riqueza espiritual, humana e intelectual do zeloso presbitério e diaconato permanente que servem com entusiasmo a esta Igreja e são uma referência de comunhão para a nossa Província Eclesiástica do Espírito Santo. Agradeço a Deus pelos religiosos e religiosas, de modo muito especial pelas carmelitas que incessantemente elevam a Deus suas orações.

 
Permitam-me que reúna todo este louvor na figura extraordinária de um sacerdote religioso que dedicou praticamente toda sua via a esta Diocese e passou seus últimos anos nesta cidade que o fez seu. Falo do saudoso e inesquecível Frei João Echávarri, que me batizou, deu-me a primeira comunhão e estimulou sempre minha vocação. Símbolo perfeito do sacerdote e religioso que desejamos ser: humano, alegre, vivo, bem inculturado em nossa realidade sem perder suas fortes raízes bascas, profundamente homem e profundamente homem de Deus. Vi nele, traduzido na prática do hoje, a figura do espontâneo e apaixonado Pedro. Que do céu nos acompanhe e nos estimule.

“Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.” (Mt 16) Com certeza a pedra é a fé, mas ainda com maior certeza a pedra é o amor. “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes? Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo” (Jo 21). A caridade é a pedra de toque que valida nossa autenticidade eclesial. Um amor apaixonado por Jesus que se traduz em atitudes cotidianas de amor aberto ao diferente, sobretudo ao diferente pobre e abandonado. Uma fé esclarecida na mente que passa por um coração afogueado no amor de Jesus.

Em uma sociedade que tenta excluir Deus do horizonte da economia, da política e até mesmo da família precisamos reconhecer com o Papa Bento XVI: “Não existe prioridade maior do que reabrir ao homem atual o acesso a Deus, a Deus que fala e nos comunica o seu amor para que tenhamos vida em abundância” (cf Jo 10,10). Mesmo que o mundo tente anestesiar nossas consciências, nos amedrontar com propostas que se apresentam modernizantes mas não ligadas à Verdade, mesmo que muitos se afastem desiludidos com as orientações da Igreja, nosso único Caminho, Verdade e Vida é Ele, Cristo Jesus. Com Pedro reafirmaremos: “A quem iremos, Senhor, só Tu tens palavras de vida eterna.”(cf Jo 6)

Cachoeiro sempre acolheu o pluralismo e respeitou o diferente. João Batista Herkennhoff, eminente jurista católico e incansável defensor dos Direitos Humanos, nos lembra em uma de suas crônicas: “Acho que a Humanidade avança se, no campo da Fé, prevalece a visão ecumênica e se, no campo da ação concreta, unem-se todos aqueles que desejam um mundo mais justo, mais igualitário, mais humano”. Aqui está o desafio: ter certeza do que somos, unidos por um mundo melhor. Certeza do que somos: solidez de nossa Fé.

Novamente o Papa nos diz na conclusão da encíclica Caritas in Veritate: “Sem Deus, o homem não sabe para onde ir e não consegue sequer compreender quem seja. Perante os enormes problemas do desenvolvimento dos povos que quase nos levam ao desânimo e à rendição, vem em nosso auxílio a palavra do Senhor Jesus Cristo que nos torna cientes deste dado fundamental: “Sem Mim, nada podeis fazer” (Jo 15,5) e encoraja: “Eu estarei sempre convosco até o fim do mundo” (Mt 28).

Conviver como irmãos: Caridade. Transcrevo aqui a bonita reação de Rubem Braga, citada pelo próprio Herkenhoff, ao incômodo de um vizinho de apartamento: “Vizinho – quem fala aqui é o vizinho do 1003. Recebi, outro dia, consternado, a visita do zelador, que me mostrou a carta em que o senhor reclamava do barulho em meu apartamento. Quem trabalha o dia inteiro tem direito ao repouso noturno e é impossível repousar no 903 quando há vozes, passos e músicas no 1003. Peço-lhe desculpas, prometo silêncio... mas que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta de outro e dissesse: ‘Vizinho, são 3 horas da manhã e ouvi música em tua casa. Aqui estou’. E o outro respondesse: ‘Entra, vizinho, e come do meu pão e bebe do meu vinho’.” É esta outra vida e outro mundo sonhado por Braga que vivenciamos em cada Eucaristia. É o que queremos testemunhar hoje nesta solene celebração da família diocesana e cachoeirense. Pão e vinho partilhado.

O ícone de Cachoeiro é a pedra do Itabira. Figura simples e expressiva da maneira de ser e viver desta cidade e deste povo. Bem fincada no chão da história, mas continuamente voltada para o céu, para Deus.

Que Maria, a Penha do Espírito Santo, e Pedro, a pedra de Cachoeiro, solidifiquem em todos nós a fé e o amor.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.


Dom Décio Sossai Zandonade
Bispo Diocesano de Colatina











Fonte: Site da Diocese de Colatina

POSSE CANÔNICA DE DOM FREI DARIO CAMPOS, ofm

No próximo dia 10 de julho de 2011, às 15 horas, no Parque de Exposições "Carlos Caiado Barbosa", cidade de Cachoeiro de Itapemirim acontecerá a solene Eucaristia com a posse canônica de Dom Frei Dario Campos como o 4º bispo da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, estando todos os diocesanos convidados, bem como aqueles que se sentirem chamados pelo Senhor a acolherem o novo pastor de nossa diocese.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

REFLEXÃO PARA SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

Cidade do Vaticano, 29 jun (RV) - Quando desejamos refletir bem, sem influência alguma de pessoas ou situações, nos retiramos para um local afastado e silencioso. Queremos estar a sós conosco na natureza e na presença de Deus. Foi o que Jesus fez com seus discípulos quando escolheu aquele que iria governar seu rebanho.

O Senhor se dirigiu com eles a Cesaréia de Filipe, um lugar afastado do mundo judeu e significativo pela natureza, próximo ao monte Hermom e a uma das fontes do Jordão. Lá, na solidão e apenas na presença do Pai, checou o coração de Simão e o fez seu vigário. O eleito estava tão purificado, tão livre de apegos e amarras mundanas e tão cheio do Espírito que declarou a identidade de Jesus, reconhecendo-o como o Messias de Deus.

Por outro lado, Jesus confirmou seu nascimento na fé, dando-lhe outro nome, o de Pedro, pedra e indicando seu novo e definitivo encargo: confirmar seus irmãos na fé. Além de graças para viver plenamente essa missão, Pedro as recebeu também para levá-la até o fim, quando dará glória a Deus através de sua morte na cruz, como o Mestre, só que de cabeça para baixo.

Simão nasceu de novo, recebeu outro nome, outra função na sociedade, aumentou enormemente seu compromisso na fé. Ao entregar-se na condução de seus irmãos, Pedro viveu momentos de alegria e de tristeza, de certezas e de abandono total na fé. O que passou a guiar sua vida, a ser fiel na missão recebida e abraçada foi a certeza da fidelidade do Senhor. Agora Pedro vai deixando Deus ser o oleiro, fazer dele um homem à imagem de Jesus. Por isso ele é pedra, não por causa de sua dureza, mas por causa de sua solidez e confiabilidade. Da dureza da pedra Pedro apenas guardou a resistência às investidas do inimigo. Nada pode vencê-lo.

Como chefe da Igreja, Pedro recebeu o poder de ligar e desligar, isto é, declarar o que está de acordo ou em desacordo com o projeto de Jesus. Por isso ele foi sempre esse homem renascido para a missão. Não será por este motivo que os papas mudam de nome? Mas hoje também é o dia de São Paulo, a outra coluna da Igreja. Pedro é a coluna que nos confirma na fé e Paulo é a que evangeliza.

A liturgia nos propõe como reflexão a carta a Timóteo, onde o Apóstolo faz seu testamento e a revisão de sua vida cristã. De qualquer modo, Paulo, antes da conversão Saulo, também será assemelhado a Jesus, vítima sacrificada em favor de muitos. Ele deduz que o momento de seu martírio, de dar testemunho de Deus, está próximo.

Nessa ocasião foi feita a revisão de vida. Paulo teve consciência de que foi fiel à missão, que cumpriu o encargo de anunciar ao mundo o Evangelho. Teve consciência do quanto sofreu e padeceu por esse motivo e agradeceu a Deus por ter guardado a fé.

Em seguida Paulo expressou sua certeza no encontro com o Senhor, quando então será recompensado por tudo, através da convivência eterna com Ele.

Queridos irmãos, festejar os santos é praticar seus ensinamentos e seguir seus testemunhos de fé. Que o Senhor nos ajude a louvar São Pedro e São Paulo, fazendo com que cada dia, cada despertar nós seja par nós um novo dia, o reinício da vida nova iniciada com o nosso batismo. Para isso é necessário abandonarmo-nos nas mãos de Deus, permitindo a Ele nos refazer, nos moldar segundo seu coração e confiando no resultado final que, como Paulo, só veremos no final da vida.

Que as alegrias e os êxitos, as dificuldades e os sofrimentos do dia-a-dia não impeçam nosso crescimento na fé, mas amadureçam e solidifiquem a ação do Espírito.

Finalmente, sirva-nos de referencial para a fidelidade a Cristo e sua Igreja, a conformidade de nossa vida aos ensinamentos de Pedro.

Que a celebração dessas duas colunas da Igreja seja uma ocasião de graças para o crescimento do Reino de Deus de nossa vida cristã! (CAS)

Fonte: Site da Rádio Vaticano

terça-feira, 28 de junho de 2011

BENTO XVI ENTREGARÁ PÁLIO A NOVOS ARCEBISPOS BRASILEIROS


Os sete novos Arcebispos Metropolitanos brasileiros nomeados ao longo do último ano estão na lista dos que receberão a imposição do pálio das mãos do Papa Bento XVI na próxima quarta-feira, 29, Solenidade dos Santos Pedro e Paulo.



Os prelados são:
- Arcebispo de Salvador (BA), Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger;
- Arcebispo de Palmas (TO), Dom Pedro Brito Guimarães;
- Arcebispo de Pelotas (RS), Dom Jacinto Bergmann;
- Arcebispo de Santa Maria (RS), Dom Hélio Adelar Rubert;
- Arcebispo de Passo Fundo (RS), Dom Pedro Ercílio Simon;
- Arcebispo de Campo Grande (MS), Dom Dimas Lara Barbosa;
- Arcebispo de Brasília (DF), Dom Sérgio da Rocha.



O Pontífice presidirá à Santa Missa na Basílica de São Pedro, às 9h30 (hora local). A cerimônia também marca o feliz acontecimento do 60° aniversário da Ordenação presbiteral de Bento XVI. Concelebrarão os Cardeais que assim o desejarem e os novos Metropolitas.

Fonte: Site da Canção Nova

segunda-feira, 27 de junho de 2011

PROGRAMA DA VIAGEM DO PAPA BENTO XVI A MADRI - ESPANHA

Cidade do Vaticano, 27 jun (RV) - A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou o programa oficial da viagem do Papa a Madri (Espanha) por ocasião da Jornada Mundial da Juventude que se celebrará de 16 a 21 de agosto. Uma das novidades do programa será a confissão de alguns jovens com o Pontífice. Bento XVI chegará à capital espanhola na quinta-feira 18 de agosto ao meio-dia. Ali pronunciará seu primeiro discurso no aeroporto internacional de Barajas.

Às 19h15 Está marcada a Passagem, com alguns jovens, pela Puerta de Alcalá na Praça da Independência de Madri. Às 19h30 presidirá a Festa de acolhida dos jovens na Praça de Cibeles onde pronunciará um discurso.

Na sexta-feira 19 de agosto Bento XVI iniciará seus trabalhos às 7h30 com a celebração, em privado, da santa Missa na Capela da Nunciatura Apostólica em Madri. Às 10h, realizará uma visita de cortesia aos Reis da Espanha no Palácio de la Zarzuela de Madri. Às 11h30 presidirá um encontro com jovens religiosas no Patio de los Reyes de El Escorial.

Às 12h o Papa presidirá um encontro com os jovens professores universitários na Basílica de San Lorenzo del Escorial onde pronunciará um discurso. Às 13h45 almoçará com um grupo de jovens no Salão dos Embaixadores da Nunciatura.

Às 17h o Santo Padre participará de um encontro oficial com o Presidente do Governo, José Luis Rodríguez Zapatero, na Nunciatura. Logo em seguida, às 19h30 presidirá a Via Sacra com os jovens na Praça de Cibeles onde pronunciará um discurso.

Para o sábado 20 de agosto está programada, a partir das 9h a confissão de alguns jovens da XXVI JMJ nos Jardins del Buen Retíro de Madri. Às 10h presidirá uma Missa com os seminaristas na Catedral de Santa María la Real de la Almudena de Madri.

Às 12h45 almoçará com os cardeais da Espanha, os bispos da província de Madri e o séquito papal na residência do Arcebispo de Madri e Presidente da Conferência Episcopal Espanhola, Cardeal Antonio Maria Rouco Varela.

Às 17h o Santo Padre se encontrará com os membros do Comitê Organizador da JMJ Madri 2011 na Nunciatura. Às 19h40 visitará a Fundação Instituto San José de Madri onde pronunciará um discurso.

Às 20h30 presidirá a Vigília de Oração com os Jovens no Aeródromo de Quatro Ventos em Madri aonde pronunciará um discurso.

No domingo 21 de agosto o Papa Bento XVI presidirá a Missa de encerramento da 26ª Jornada Mundial da Juventude, às 9h30, no Aeródromo de Quatro Ventos, logo depois da qual rezará com os presentes a Oração Mariana do Angelus.

Às 12h45 o Papa almoçará com os cardeais da Espanha e o séquito papal na Nunciatura. Às 17h00 se despedirá dos presentes neste lugar e, às 17h30, presidirá um Encontro com os voluntários da JMJ no Pavilhão 9 do novo centro de exposições Madrid, onde pronunciará um discurso.

Às 18h30 a cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional de Barajas de Madri onde pronunciará um discurso. Seu avião deverá decolar às 19h em direção a Roma. (SP)

Fonte: Site da Rádio Vaticano

domingo, 26 de junho de 2011

REFLEXÃO PARA O 13º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Cidade do Vaticano, 26 jun (RV) - A liturgia de hoje propõe à nossa reflexão, uma história muito bonita. O rico, que sempre é malvisto por causa de suas atitudes, no relato de hoje, tem uma atitude belíssima, de profunda fé e grande despojamento.

Uma mulher rica, mas estéril, habitante em uma região onde se adorava um deus pagão, patrono das pessoas desejosas de ter filhos, não se deixa contaminar com essa religião. Ao contrário, ela, depois de hospedar inúmeras vezes o Profeta Eliseu, um grande defensor de Javé, pede a seu marido construir, em sua casa, um quarto confortável para que o profeta pudesse descansar, quando viesse em missão.

Esse pedido, faz com que a ajuda ao profeta fosse algo que envolvesse sua família. Ela poderia ter pedido uma grande quantia para dar de ajuda ao profeta. Ele receberia, ficaria grato e iria embora; mas ela não pensa assim. Ela desejou hospedá-lo em sua casa, além do conforto, quis dar-lhe afeto, o carinho de uma família.

A mulher, cujo nome não sabemos, além de permanecer fiel a Deus tem a iniciativa de participar na ação missionária do profeta. Eliseu, cheio de gratidão, lhe anuncia que, apesar de ser estéril e de seu marido, bastante idoso, será mãe.

Aquilo que certamente, mais desejava na vida, ser mãe, e não pedira aos deuses, mas permanecera fiel a Javé, Ele a presenteia para alegrar seu coração, tão generoso e fiel.

No Evangelho, Jesus retoma essa questão da recompensa. Ele vê a generosidade em favor da missão. Ao mesmo tempo em que o Senhor é exigente com seus enviados, ele diz que aquele que receber um missionário, recebe ele, o Senhor e terá a recompensa como se a acolhida tivesse sido feita a ele, Jesus. Não nos esqueçamos do recado que o Senhor nos deu a respeito de um gesto tão simples que é dar um copo de água ao que tem sede.

Eis aí o sentido de uma frase muito nossa, que repetimos frequentemente: “Deus lhe pague!” Não significa que jogamos nas costas de Deus, as nossas dívidas, como jocosamente falamos, mas que somos conscientes de que aquela pessoa, que nos socorreu naquela nossa necessidade, só poderá receber, a altura, a retribuição do bem que nos fez, através do Senhor.

Não façamos o bem pensando na recompensa. Ele deverá ser feito gratuitamente. Mas, ao mesmo tempo, saibamos que o Senhor está atento à generosidade de nosso coração, para nos retribuir com aquilo que é necessário para a plenitude de nossa felicidade. E a plenitude de nossa felicidade é o AMOR, AMAR e SENTIR-SE AMADO. (CAS)

Fonte: Site da Rádio Vaticano

sexta-feira, 24 de junho de 2011

SOLENIDADE DO CORPO E SANGUE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO EM CASTELO

No dia dedicado a Corpus Christi a cidade de Castelo, atráves da Paróquia Nossa Senhora da Penha, administrada pelos Frades Agostinianos Recoletos, organizou uma belíssima festa a Jesus verdadeiramente presente na forma do pão e do vinho.

Uma multidão de diversas partes do Brasil estiveram no dia 23 de junho de 2011 em Castelo para festejar a Jesus.

Igreja Matriz de Castelo (Nossa Senhora da Penha)








Prédios enfeitados



Quadro para festejar os 60 anos da inauguração da igreja matriz de Castelo



quarta-feira, 22 de junho de 2011

DOM DANIEL KOZLINSKI É NOMEADO ADMINISTRADOR APOSTÓLICO NA ARGENTINA

O papa Bento XVI nomeou, nesta quarta-feira, 22, o bispo auxiliar da Eparquia São João Batista em Curitiba, dos Ucranianos, dom Daniel Kozlinski Netto, administrador apostólico da Eparquia Santa Maria do Patrocínio em Buenos Aires, Argentina.

Dom Daniel, 59, é paranaense de Colônia do Paraíso, município de Pato Branco. Ordenado padre em 1980, foi nomeado bispo em junho de 2007, recebendo a ordenação episcopal em setembro do mesmo ano.

Antes do episcopado, dom Daniel foi coadjutor na paróquia da catedral da Eparquia São João Batista; pároco da paróquia São José, em Dorizon, e formador no Seminário Menor da Eparquia; pároco da paróquia Sagrado Coração de Jesus e reitor do Seminário Menor da Eparquia; reitor do Seminário Maior São Josafat; pároco da catedral São João Batista, em Curitiba; pároco da paróquia São José, em Cantagalo (PR).

Fonte: Site da CNBB

CELEBRAÇÃO DA CRISMA

Na noite dessa terça-feira, 21 de junho de 2011, às 19 horas, no Santuário de Nossa Senhora da Consolação aconteceu a Celebração Eucarística com administração do óleo do Santo Crisma aos jovens e adultos de diversas comunidades eclesiais da Paróquia de Nossa Senhora da Consolação.

A Celebração foi presidida pelo Pe. Antônio Tatagiba Vimercati (administrador diocesano) e concelebrada pelo pároco Frei Domingos Sérgio Gusson, oar e pelos diáconos Sérgio e José Carlos Zóboli.

Na homilia Pe. Tatagiba enfatizou que impulsionados pelo Espírito Santo a Igreja deve ser um sinal de presença marcante na sociedade em todos os meios: político, no mundo do trabalho, ecológico, Internet, etc.

Frei Sérgio deu uma palavra para que os jovens e adultos, agora, crismados, mantenham-se perseverantes no testemunho do Cristo ressuscitado.


Diácono Sérgio, Frei Sérgio, Pe. Tatagiba e Diácono José Carlos



Alguns catequistas

Pe. Tatagiba numa fala aos catequistas

Momento da Renovação das Promessas Batismais


Imposição das Mãos

Momento da ministração do Crisma


terça-feira, 21 de junho de 2011

DOM DÉCIO SOSSAI ZANDONADE PRESIDE A MISSA DO DIA 29 DE JUNHO DE 2011 EM CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

Dom Décio Sossai Zandonade - bispo diocesano de Colatina
No próximo dia 29 de junho de 2011, dia de Cachoeiro de Itapemirim, e, em especial, dia do Padroeiro da Cidade e da Diocese, acontecerá a solene eucaristia no pavilhão de eventos da Ilha da Luz, na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, com a seguinte programação:

16 h - Procissão saindo da Catedral de São Pedro Apóstolo, com a imagem de São Pedro em direção ao Pavilhão da Ilha da Luz.

17 h - Solene Celebração Eucarística, presidida por Dom Décio Sossai Zandonade (bispo diocesano de Colatina)

Participemos desse momento forte de nossa diocese e cidade, afinal de contas a Festa de Cachoeiro somente existe por conta do nosso padroeiro diocesano e da cidade - São Pedro Apóstolo.

Dom Décio Sossai Zandonade, foi batizado pelo nosso saudoso Frei João Echávarri, oar.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO PRESBITERAL

É sempre bom poder comemorar aniversários e datas festivas e neste dia 20 de junho de 2011 a Paróquia Nossa Senhora da Consolação congratula-se com Frei Didier Esperidião Neto - oar, por seus 02 (dois) anos de ordenação presbiteral, rogando ao Senhor da vida que continue abençoá-lo no ministerío para o qual foi chamado.

SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI - CORPO E SANGUE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO




A Paróquia Nossa Senhora da Penha, Cidade de Castelo, Sul do Estado do Espírito Santo, administrada pela Ordem dos Agostinianos Recoletos juntamente com a população local, todos os anos organizam uma grandiosa festa dedicada a Solenidade do Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo - Corpus Christi, desta conhecida nacionalmente o que atrai grande quantidade de pessoas.

Não podemos nunca esquecer que esse dia não é a festa dos tapetes coloridos e, sim, a Festa da Eucaristia - Jesus presente verdadeiramente no pão e no vinho consagrados. Se existem tapetes é porque primeiramente e unicamente o Senhor Jesus quis estar no nosso meio até o fim dos tempos na forma simples de pão e vinho.

Conforme o programa durante todo dia 23 de junho de 2011 acontecerão as celebrações eucarísticas e às 16 horas a Missa de encerramento da festa com a procissão do Santíssimo pelas ruas principais de Castelo. Este ano, a missa de encerramento será transmitida pela TV Gazeta Sul -filiada a Rede Globo de Televisão - para todo o Sul do Estado do Espírito Santo.

No Santuário de Nossa Senhora da Consolação acontecerão duas celebrações da Santa Missa às 06h30min e às 19 horas.

domingo, 19 de junho de 2011

REFLEXÃO PARA SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE

Cidade do Vaticano, 19 jun (RV) - Hoje, de um modo especial, celebramos Deus. Mas quem é Deus? Como explicá-lo? Como defini-lo? Como conhecê-lo?

Nenhuma pergunta sobre Deus pode ser respondida por nós humanos. Deus nos supera!

Temos noção de quem Ele é, mas não conseguimos defini-lo. É impossível! Ele é a eterna surpresa. Nosso Deus não é o Deus dos filósofos, mas é o Pai de Jesus Cristo, é o próprio Cristo, é o Espírito de Amor.

Para conhecê-lo deveremos abrir a Sagrada Escritura, principalmente o Novo Testamento, e ver o que Jesus, o Verbo Encarnado, nos diz.
O Evangelho de hoje, tirado de São João, nos fala que Deus é o Amigo do Homem, não apenas o seu Criador, mas o seu Redentor, aquele que o protege e que foi capaz de sofrer e morrer para que o Homem tivesse a plena felicidade.

Já São Paulo em sua Carta aos Coríntios nos orienta sobre a resposta a ser dada ao Deus Amigo. O homem deverá deixar-se transfigurar através dos dons, das qualidades divinas, especialmente pelo amor, pelo perdão e pelo serviço.

Falar com Jesus é falar com Deus. Sua bondade foi tanta que Ele se revelou a nós na pessoa de Jesus.

Filipe, quem me vê, vê o Pai. Dirijamo-nos ao Deus de Amor, a esse Deus que, por amor, rasgou seu coração, e sintamos a plenitude de seu querer bem a nós. Se o mandamento se resume em amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo, do mesmo modo como Ele nos amou, saibamos que antes de tudo o Senhor não só nos criou, mas, por amor a nós, se entregou até a morte.

Pe. Cesar Augusto dos Santos, S.J.

Fonte: Rádio Vaticano

quarta-feira, 15 de junho de 2011

JUVENTUDE SERÁ O TEMA DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 2013

Reunião do Consep
Fraternidade e Juventude. Este será o tema da Campanha da Fraternidade de 2013. A escolha foi feita hoje, 15, pelo Conselho Episcopal Pastoral, que está reunido desde ontem na sede da CNBB.


O tema foi proposto pelo Setor Juventude da CNBB, que recolheu cerca de 300 mil assinaturas junto aos jovens do Brasil. O lema será escolhido na próxima reunião do Consep.


O Setor da Mobilidade Humana da CNBB apresentou e defendeu o tema do tráfico de pessoa humana e o trabalho escravo. Outros temas foram apresentados, mas não receberam votos.


Esta será a segunda Campanha da Fraternidade sobre a Juventude. A primeira foi realizada em 1992 com o lema “Juventude, caminho aberto”.


A escolha dos temas da Campanha da Fraternidade é feita com antecedência de dois anos.

Fonte: Site da CNBB

PAPA NOMEIA BISPOS PARA BRASÍLIA E COARI

Dom Sérgio da Rocha
Dom Sérgio da Rocha é o novo arcebispo da arquidiocese de Brasília, no Distrito Federal. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 15, pelo papa Bento XVI, que nomeou também o padre Marian Marek Piatek, conhecido como padre Marcos, bispo da prelazia de Coari, no estado do Amazonas, vacante desde julho de 2009.

Dom Sérgio, 51, vem para a capital federal transferido de Teresina (PI), onde chegou como arcebispo coadjutor, em 2007, assumindo a arquidiocese em setembro de 2008. Ele sucede a dom João Braz de Aviz que, em janeiro, foi nomeado prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, em Roma.

Na última assembleia geral da CNBB, no mês passado, em Aparecida (SP), dom Sérgio foi eleito presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, tornando-se membro do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) e do Conselho Permanente da CNBB. No último quadriênio (2007-2011), foi presidente do Regional do Regional Nordeste 4 da CNBB, que abrange todo o estado do Piauí.

Paulista de Dourada, dom Sérgio nasceu no dia 21 de outubro de 1959. Fez o curso de filosofia no Seminário de São Carlos (SP) e de teologia em Campinas (SP). Ordenado padre no dia 14 de dezembro de 1984, fez mestrado em Teologia Moral na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, e doutorado na Academia Alfonsiana da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma.

Nomeado bispo auxiliar de Fortaleza (CE) em 13 de junho de 2001, recebeu a ordenação episcopal no dia 11 de agosto do mesmo ano. Como bispo, foi membro das Comissões da CNBB: para a Doutrina (2002-2007), Mutirão para Superação da Miséria e da Fome (2001-2004), para os Ministérios Ordenados e da Vida Consagrada (2007-2011). Neste mesmo período, foi presidente do Departamento de Vocações e Ministérios do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam). Exerceu, também, várias funções nos Regionais da CNBB Nordeste 1 (Ceará) e Nordeste 4 (Piauí).

Padre Marcos

Padre Marcos
O novo bispo de Coari, 56, é polonês da cidade de Tuchów e nasceu no dia 10 de outubro de 1954. Ordenado padre pela Congregação do Santíssimo Redentor (Redentoristas) no dia 5 de junho de 1980, padre Marcos tem mestrado e doutorado em Teologia Moral pela Academia Alfonsiana da Universidade Lateranense, em Roma.

Atualmente é professor de Teologia Moral no Instituto de Teologia da Universidade Católica de Salvador, no Curso de Extensão do IT-UCSAL, na Faculdade São Bento da Bahia e da Escola Diaconal da Arquidiocese de São Salvador (BA). É, ainda, coordenador do Curso de Extensão em Missiologia e Evangelização do Centro Missionário Redentorista da Bahia.


Vindo para o Brasil em 1986, Mons. Marcos é membro da Sociedade Brasileira de Teologia Moral. Foi responsável pela formação de seminaristas de teologia da vice-província redentorista da Bahia. Foi vigário paroquial e pároco da paróquia da Ressurreição do Senhor, em Salvador; professor no Instituto Teológico dos Frades Franciscanos em Recife-Olinda, no Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás, em Goiânia (GO), no Instituto Teológico dos Redentoristas em Tuchów (Polônia) e no Instituto Teológico São Bento da Bahia.

Fonte: Site da CNBB

terça-feira, 14 de junho de 2011

XVII ENCONTRO CACHOEIRENSE DE CORAIS



Tradicionalmente nos festejos da cidade de Cachoeiro de Itapemirim a Associação Coralista "Canto Livre", dispõe ao público cachoeirense o Encontro de Corais e no ano de 2011 não poderia ser diferente. Nos dias 18 a 19 de junho de 2011, na Catedral de São Pedro Apóstolo, a partir das 20 horas, acontecerá mais um belo encontro de corais, estão todos convidados, com entrada franca.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

13 DE JUNHO - DIA DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA

NESTE DIA 13 DE JUNHO DE 2011, ÀS 19H30MIN, NA IGREJA DE SANTO ANTÔNIO, BAIRRO SANTO ANTÔNIO, CIDADE DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM, ACONTECERÁ A CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA, PRESIDIDA POR FREI DOMINGOS SÉRGIO GUSSON, oar, COM A BÊNÇÃO DOS PÃES DE SANTO ANTÔNIO.

Filho de ricos comerciantes portugueses, Fernando de Bulhões e Taveira nasceu entre 1192 e 1195, cerca de 50 anos após a reconquista de Portugal do domínio mouro. É nesse ambiente de expulsão dos muçulmanos e de emergência da nação portuguesa que está inserida a história do santo. Grande parte dela tem origem lusa, graças ao caráter expansivo de um povo que adora festas e folguedos. Santo Antônio também não fugia à regra e, segundo seus biógrafos, era alegre, de estatura acima da média e chegado a uma boa conversa.

Cedo foi batizado na Sé de Lisboa e Catedral de Santa Maria Maior. Próxima está sua igreja, erguida bem no local em que nasceu. Hoje é centro de peregrinação e de belas procissões no dia 13 de junho. No antigo bairro de Alfama, que não fica muito longe dali, é possível ver azulejos com sua imagem, e participar de sua festa. As ruas ficam coloridas com balões, flores de papel e há uma boa convivência entre as pessoas que se divertem, dançando e comendo sardinhas assadas.

Santo Antônio realizou seus primeiros estudos na Catedral, e lá também participou do coro. Próximo dali fica o Mosteiro de São Vicente de Fora, dos cônegos de Santo Agostinho, local onde ele fez o noviciado. Terminou sua formação em Santa Cruz, onde foi ordenado, e passou a exercer a atividade de porteiro. Nessa ocasião teria a oportunidade de conhecer os frades menores de São Francisco, que ficavam no eremitério de Santo Antão, nos Olivais. Um fato despertou sua vocação franciscana: a passagem por Coimbra dos corpos de cinco frades martirizados no Marrocos. Depois de entrar na Ordem, foi-lhe concedida permissão para pregar no norte da África. Porém, teve de retornar a Portugal por causa de uma doença. Uma tempestade obrigou o navio a atracar nas costas da Sicília, Itália. Ele foi então recolhido pelos frades que o levaram para a cidade de Messina e cuidaram de sua saúde. A partir daí, permanece no país até sua morte, em 13 de junho de 1231, em Pádua. Sua canonização ocorreu no dia 30 de maio de 1232.

Pregações e milagres

Sua principal atividade foi a pregação da Palavra de Deus em várias regiões da Itália, assim como em Tolosa e Montpellier, no sul da França.

Além das pregações, estão relacionados dezenas de milagres. Na igreja de Penedo, Costa de Lisboa há o registro em azulejaria do milagre dos peixes, um dos mais conhecidos. Durante uma pregação em Rimini (Itália), os hereges, além de não quererem ouvir o santo até viraram-lhe as costas. Santo Antônio dirigiu-se aos peixes e milhares deles colocaram a cabeça fora d‘água para escutá-lo. Os hereges ficaram impressionados com o que viram e logo se converteram.

Entre os milagres atribuídos ao Santo conta-se também como ele salvou a vida do pai. Estando a pregar em Pádua, sentiu que era necessária sua presença em Lisboa e recolheu-se, cobrindo a cabeça em sinal de reflexão. No mesmo instante, estava na cidade onde o pai havia sido injustamente condenado pelo homicídio de um jovem. Ressuscitado temporariamente e questionado pelo santo, o rapaz afirmou que o pai de Santo Antônio era inocente. O taumaturgo pôs-se a caminho e de repente despertou no púlpito em Pádua, retomando sua pregação. São dois milagres: a bilocação e o poder de reanimar os mortos.

Devoção secular

A intensidade da devoção antoniana levou os portugueses a levantarem várias construções medievais e barrocas e a criarem obras que remontam aos séculos XVI e XVII. Nessas iconografias, o santo é representado com o livro no braço esquerdo, símbolo do saber, do conhecimento das Escrituras e de observância da regra. Também aparece com o Menino Jesus, sinal do milagre na casa do conde Tiso, ao mesmo tempo segurando o lírio ou açucena, símbolos de pureza e castidade.

Já a representação como militar é do século XVII, após dom Afonso VI tê-lo nomeado protetor do exército português nas guerras de Restauração da Independência.

Os italianos também ergueram vários monumentos para Santo Antônio. O mais conhecido deles é a sua basílica, em Pádua, onde se encontram seus restos mortais. A suntuosidade chama a atenção e é um dos santuários mais admirados e visitados, com obras de Altichiero, Menabuoi, Donatello, Giotto e Mantegna. Peregrinos do mundo inteiro acorrem ao lugar para rezar no túmulo do santo, que está abrigado entre uma variedade de estilos góticos, traços românicos, adornos barrocos e renascen-tistas.

Toda essa popularidade foi alcançada também pelo jeito simples que o santo tinha de despertar a confiança do povo. Há sempre uma forma de recorrer à sua proteção para “achar o perdido” e encontrar o amor, que também pode ser expressa por meio de canções e versinhos na tradicional festa junina, que além de quermesses, quadrilha, jogos, comes e bebes, é a oportunidade para se realizar pedidos e promessas ao santo “casamenteiro”.

Santo Antônio também é venerado às terças-feiras, quando se reza a trezena e se faz a entrega do pão bento, que é colocado entre os mantimentos para nunca faltar. Conta-se que, um dia no convento, o santo distribuiu todos os pães aos mendigos. O frade que cuidava da padaria foi queixar-se com ele. Este o mandou verificar novamente o baú que, agora, de tão cheio, não podia nem ser fechado.No Convento do Largo da Carioca, no Rio de Janeiro, fundado em 1608, há registros de que a primeira trezena foi rezada em 1682.