sábado, 4 de agosto de 2012

AGOSTO: MÊS VOCACIONAL NA IGREJA

O mês de agosto na Igreja Católica Apostólica Romana presente no Brasil é marcado pela forte reflexão sobre a vocação (chamado) que o Senhor nos faz, a fim de sabermos qual é a nossa missão no mundo. O que se pode ser feito para sermos felizes e, melhor ainda, fazer as demais pessoas felizes e, consequentemente, um mundo melhor?

Certamente é necessário fazer silêncio para escutar a voz de Deus que pulsa em nós a cada dia e nos pede que sejamos pessoas melhores do que fomos ontem e assim sucessivamente. Mas como fazer silêncio?

O Papa Bento XVI, neste ano, devido o transcurso do Dia Mundial das Comunicações Sociais, ensinou que para haver realmente o diálogo autentico é necessário haver um movimento de silêncio e palavra, sem o silêncio, ensina o Santo Padre, não existe palavras densas de conteúdo.

Logicamente para responder ao chamado do Senhor, e ser uma resposta densa, forte, é necessário o silêncio para responder a um questionamento que volta e meia nos fazemos: Senhor, o que queres de mim? Para quê vim a este mundo? Por isso neste mês de agosto, a Igreja nos convida a cada domingo, uma proposta de reflexão, sobre qual é o chamado a que devo responder?

No primeiro domingo de agosto, somos convidados a mergulhar sobre o chamado ao sacerdócio, o ser padre, o ser pai de uma comunidade eclesial. Não é uma vocação fácil, até porque o século XXI traz muitos atrativos a maioria dos jovens e adultos e a resposta a esse chamado do Senhor, que é feito na calma, às vezes é perdido no barulho da sociedade: festas, foguetes, compras em demasia, o prazer pelo prazer (e depois o vazio entediante), porém o Senhor continua a chamar. Aqui, se faz um adendo, para agradecer aos padres seculares e religiosos pelo atendimento ao chamado do Senhor. Obrigado pela Eucaristia presidida e celebrada todos os dias. Obrigado pelos sacramentos administrados.

No segundo domingo, a Igreja convida à comunidade a refletirem sobre o papel paterno (somente dos pais, do sexo masculino), mas o papel paterno por excelência (pai e mãe) que são fundamentais no forjamento do cidadão de amanhã, portanto é de fundamental importância que o homem e a mulher, chamado por Deus à paternidade e, também, à maternidade, coloquem a mão na consciência e lembrem sempre sobre o papel basilar da formação do homem e da mulher para um futuro impulsionador e responsável da administração das gerações futuras. Não se pode brincar de ser pai ou mãe. Não se pode brincar de ter família! O mundo pode até ter ser um grande parque de diversões, mas mesmo os parques de diversões, tem seus limites para evitar os acidentes.

No terceiro domingo do mês de agosto, tradicionalmente, é dedicado àqueles que disseram o seu sim a Deus, através da consagração de sua vida, através dos votos evangélicos: obediência, castidade e pobreza. Aos religiosos e religiosas, muitas das vezes esquecidos na Igreja, o agradecimento pela resposta ao chamado de Deus em suas vidas! Se a Igreja, hoje, é o que é, é devido ao trabalho realizado por esses homens e mulheres no decursos dos séculos, através do cuidado da educação das crianças e jovens, do cuidado com os doentes no hospitais, no atendimento religioso em diversas partes do mundo.

E no último domingo, e não menos importante, a vocação dos leigos na Igreja, sobretudo, na catequese das crianças e adultos, que ensinam o amor a Deus e ao próximo. Se a Igreja no Brasil é atuante nas diversas formas de ser Igreja é graças ao sim cotidiano de homens e mulheres, que trabalham o dia inteiro (nas profissões) e que à noite ou nos finais de semana se doam ao próximo através da catequese ou nos diversos trabalhos pastorais existentes na Igreja.

Enfim, o mês de agosto é o mês do SIM. Sim advindo do silêncio e, posteriormente da resposta a Deus através do gesto concreto.

Texto de autoria: Gustavo Carvalho Lins

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