quarta-feira, 10 de maio de 2017

CURTA RESGATA A HISTÓRIA DE TRABALHO MISSIONÁRIO DE IRMÃ CLEUSA CAROLINA RODY COELHO

A vida de Cleusa Carolina Rody Coelho, a irmã Cleusa, missionária Agustina Recoleta, nascida em Cachoeiro de Itapemirim, em 12 de novembro de 1933, e assassinada em abril de 1985, em defesa da terra e da paz indígena, às margens do rio Paciá, na Prelazia de Lábrea, no Amazonas, será contada em documentário.

A produção é da Verbo Filmes e o curta-metragem faz parte da série "a vida na Amazônia" que é promovido pela eclesial Red Pan - Amazônica, com a coordenação da Católica América Latina e Caribe Associação de Comunicação.

De acordo com o diretor do filme, Cirineu Kuhn, o audiovisual "Life in The Amazon" visa proporcionar uma leitura das vidas dos mártires e seu contexto, uma reflexão sobre a realidade da Amazônia, a fim de buscar, em conjunto com as comunidades e cidades, soluções que dignificam a sua vida.

“Nossa intenção é realizar uma cobertura abrangente das celebrações em memória da religiosa e recolher testemunhos de parentes, colegas de Cleusa, na infância e juventude; Irmãs da Congregação Religiosa (Agostinianas Recoletos); da Ordem dos Agostinianos Recoletos (frades); contribuições e comentários dos povos indígenas e comunidades locais da Prelazia de Lábrea; Bispo e agentes qualificados para explicar como a morte ocorreu”, adianta.

Kuhn comentou que foram visitadas várias localidades onde aconteceram ações da missionária, entre escolas, museu dedicado a preservar sua história, além de aldeias indígenas. “O trabalho, agora, irá se concentrar em Cachoeiro de Itapemirim, Vitória e Itapemirim onde existem familiares da Irmã Cleusa e seus depoimentos são de extrema importância para a finalização do documentário que será distribuído em todo o país”, frisou.

“O documentário tem o objetivo de resgatar a história de vida de Irmã Cleusa, o seu trabalho e o espírito que a animava na causa de sua missão. Essa produção quer oferecer valor simbólico, educativo e comunicacional para as novas gerações, lideranças e agentes de pastoral da Igreja Católica da Pan-Amazônia”, completou Kuhn.

Sobre a missionária

Cleusa Carolina Rody Coelho nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, em 12 de novembro de 1933, filha de Jair Moreira Coelho e Francisca Rody Coelho. Foi batizada aos 07 de julho de 1935, em Barra do Itapemirim, na Paróquia Nossa Senhora do Amparo. Ainda na época de preparação para participar da Eucaristia, iniciou seus contados com os Frades Agostinianos Recoletos que trabalhavam na Paróquia de São Pedro, em Cachoeiro de Itapemirim.

Estudou no Colégio João Bley, no Município de Itapemirim, onde realizou o curso primário e depois estudou no Colégio Estadual Muniz Freire (Liceu).

Por ter sido considerada a melhor aluna de toda escola no curso de magistério, recebeu do Governo do Estado, como prêmio, o direito de exercer o trabalho de professora na escola que escolhesse, sem necessitar entrar em concurso de ingresso e remoção. Ela, então, escolheu deixar tudo e ingressar na vida religiosa.

No dia 28 de abril de 1985, em defesa da terra e da paz indígena, Irmã Cleusa, foi assassinada, às margens do rio Paciá, na Prelazia de Lábrea – Amazonas.

Beatificação

A exumação de seu corpo, segundo a instituição dos Agostinianos Recoletos, deu-se no dia 23 de maio de 1991, os restos mortais foram depositados na Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Lábrea - Amazonas.

Os ossos do seu braço direito, decepado na hora do crime, estão, desde o dia 02 de junho de 1991, depositados na Catedral Metropolitana de Vitória, quando então foi iniciado o processo de sua beatificação, cujo encerramento se deu na Arquidiocese de Vitória, em 25 de abril de 1993.

Atualmente, o processo de pedido de beatificação encontra-se na Congregação da Causa dos Santos no Vaticano.


Nenhum comentário:

Postar um comentário