Em 2016 o Papa Francisco institui o dia 19 de novembro como o “Dia Mundial dos Pobres” na Igreja Católica. Um dia para se discutir e analisar as ações globais para o fim da pobreza.
O Dia Mundial dos Pobres quer ajudar as comunidades e cada batizado a “refletir como a pobreza está no âmago do Evangelho”. “Não podemos nos esquecer dos pobres: trata-se de um convite hoje mais atual do que nunca, que se impõe pela sua evidência evangélica”, afirma o Pontífice.
O Papa defende que “não poderá haver justiça nem paz social” enquanto “Lázaro jazer à porta da nossa casa”. A iniciativa pretende ainda “renovar o rosto da Igreja” na sua ação de conversão pastoral para que seja “testemunha da misericórdia”.
Cultura de Misericórdia
Ele elenca vários campos que exigem respostas concretas, como as migrações, as doenças, as prisões, o analfabetismo ou a ignorância religiosa.
O Santo Padre recorda os desempregados, os sem-abrigo e sem-terra, as crianças exploradas e todas as situações que exigem uma “cultura de misericórdia” que combata a indiferença e a desconfiança entre seres humanos.
Em mensagem publicada para o I Dia Mundial dos Pobres, o Papa pede que “não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com verdade”
O Sumo Sacerdote faz votos de que a Igreja Católica saiba dar vida a “muitas obras novas” que manifestem essa misericórdia, indo ao encontro dos que padecem a fome e a sede, “sendo grande a preocupação suscitada pelas imagens de crianças que não têm nada para se alimentar”.
Amor que salva
No domingo 15 de outubro, o Papa Francisco recordou após a santa missa sobre o Dia Internacional de Erradicação da Pobreza, instituído pela ONU desde 1992 como sendo o dia 17 de outubro.
“A miséria não é uma fatalidade, tem causas que devem ser reconhecidas e removidas para honrar a dignidade de tantos irmãos e irmãs, à exemplo dos Santos”.
No Dia Mundial da Alimentação (celebrado em 16/10), o Papa visitou a sede da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura em Roma, mais conhecida pela sigla FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations).
Ao fazer uma análise das causas da pobreza, o Pontífice sugeriu a inserção da “categoria do amor” na linguagem da cooperação internacional, como forma de vencer a fome:
"Seria exagerado introduzir na linguagem da cooperação internacional a categoria do amor, conjugada como gratuidade, igualdade de tratamento, solidariedade, cultura do dom, fraternidade e misericórdia? Essas palavras efetivamente expressam o conteúdo prático do termo ‘humanitário’, tão usado na atividade internacional. Amar os irmãos, tomando a iniciativa, sem esperar a ser correspondidos, é o princípio evangélico que encontra também expressão em muitas culturas e religiões, convertendo-se em princípio de humanidade na linguagem das relações internacionais".
Fonte: Site Oficial da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim
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