Cidade do Vaticano (RV) - «Deus, Rei por excelência, organiza a festa de casamento de seu Filho Jesus com a Humanidade, que apesar de ter perdido a beleza original por causa das guerras, das injustiças cometidas, das lágrimas amargas que provocaram em tantas pessoas, continua a ser muito amada por seu noivo.
Por ocasião das núpcias, o Pai oferece um grande banquete comemorativo.
Ele envia os convites através de pessoas capacitadas para isso: são os Profetas do Antigo Testamento, os Apóstolos do Novo Testamento e aqueles homens e mulheres que recebem essa missão.
Os homens do mundo inteiro, sem distinção, são os convidados. Os ricos e os acomodados na religião dizem não porque possuem outros “compromissos inadiáveis”; os pobres e os pecadores respondem sim, não porque não tenham compromissos, mas porque sabem que esse convite de Deus é gratuito.
Essas respostas deveriam provocar em nós a abertura de nossas comunidades a qualquer tipo de pessoa, especialmente aos que são rejeitados.
Podemos aprender dessa parábola que o Reino de Deus não fracassa por causa da recusa das elites em construir uma sociedade justa e fraterna. Os convivas que são arrancados da festa e colocados na rua são aqueles que não estão com a roupa da justiça, ou seja, revestidos com ações de justiça.
Como anda o meu guarda-roupa espiritual? Quais as obras de justiça que tenho praticado? Como andam minhas atitudes de afeto? Voltadas para os demais, descentralizadas de minha pessoa ou sendo compensação afetiva de uma pseudo caridade?
Nenhum de nós é perfeito, é santo. Quanto mais nos aproximamos de Deus, de Sua luz, mais enxergamos nossos limites e defeitos.
Essa foi a experiência de grandes santos, de muitos místicos, que – justamente por causa desta proximidade com o divino – se sentiam grandes pecadores!
Por outro lado, se a humildade nos leva a enxergar nossas qualidades e dons, ela também nos leva a atribuí-las à generosidade de Deus. Tudo é dom! Tudo é bondade do Senhor!
Esses dons, esses atributos fazem parte do convite que Deus nos faz para o banquete das bodas eternas.
Só aceitam o convite de Deus aqueles que estão em sintonia com o Reino de Justiça, de Amor e de Paz. Essas pessoas sempre estarão vestidas adequadamente porque, naturalmente, praticam obras de justiça. A qualquer hora podem ingressar no recinto do banquete, não importa o momento da vida em que são chamadas!
Estejamos preparados para o banquete nupcial do Cordeiro! Será sempre o Amor aquele que nos vestirá adequadamente para as núpcias»!
(Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o XXVIII Domingo do Tempo Comum – A)
Fonte: Site da Rádio Vaticano
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