sexta-feira, 12 de abril de 2013

DIRETÓRIO DE COMUNICAÇÃO: "SONHO ANTIGO DA CNBB"

Aparecida (RV) – Chegamos ao terceiro dia de trabalhos da 51ª Assembleia Geral da CNBB em Aparecida, que tem como tema central “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”. Nesta sexta-feira a Celebração Eucarística na Basílica Nacional que dá início aos trabalhos foi presidida pelo Arcebispo emérito de Salvador, Cardeal Geraldo Majella Agnelo. Concelebraram os bispos eméritos, que nesta Assembleia estão presente em número de 40.

Os mais de 360 bispos que participam dos trabalhos no plenário do Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida discutem assuntos importantes: hoje continua-se a falar da situação das paróquias católicas em todo o Brasil e a questão agrária.

Ontem tivemos o tema da tradução do Missal Romano e do Diretório de Comunicação. De fato a Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos apresentou uma nova tradução para o Missal Romano. Cada trecho do Missal traduzido já foi analisado pelos membros da Comissão e mandado para os bispos de todo o Brasil, para que fizessem emendas. Após a aprovação das emendas, o texto foi traduzido e agora deve ser aprovado na Assembleia em Aparecida. Depois de aprovado será enviado a Roma para que seja reconhecido pela Santa Sé.

Já sobre o tema do Diretório de Comunicação, Dom Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro, que também participou do processo de elaboração do Diretório, fez a seguinte consideração sobre o Documento: “a comunicação é essencial na vida do ser humano e a Igreja é feita de comunicação, da boa notícia, da Palavra de Deus, da Catequese, da Liturgia.

Sobre o tema central “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia” nós conversamos com o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Scherer.

Sobre o Diretório de Comunicação nós conversamos com o Presidente da CNBB, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, e com o Arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings.

Ainda ontem conversaram com os jornalistas presentes na 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Sergio Eduardo Castriani, Arcebispo de Manaus (AM), Dom Dimas Lara Barbosa, Arcebispo de Campo Grande (MS) e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a comunicação e Dom Armando Bucciol, Bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA).

Dom Dimas fez um panorama geral do Diretório da Comunicação que será apresentado aos bispos ainda nesta tarde. “Este é um sonho antigo da CNBB. Gostaríamos de ter normas mais claras para as nossas comunidades e paróquias”.

O arcebispo explicou que inicialmente foi feito um texto de estudo e aprofundamento da comunicação e posteriormente a criação da Comissão Episcopal Pastoral da Comunicação.

Dom Dimas adiantou aos jornalistas que o Diretório terá 10 capítulos, entre eles, os Desafios da comunicação para a Igreja, a comunicação nas redes sociais, a teologia da comunicação. “Entre os capítulos está também a Comunicação e a vivência da fé nas dimensões da catequese, caridade e liturgia. Precisamos debater as questões da ética na comunicação”, ressaltou.

Já Dom Sérgio Castriani, presidente da Comissão para o Tema Central da 51ª Assembleia Geral, apresentou algumas perspectivas que estão sendo tratadas a partir da proposta “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”. “Estamos convencidos que a paróquia é a grande escola de fé. Ela existe para unir os cristãos ao seu Senhor e atrair a todos para a Igreja. Continua sendo uma referência para os católicos e não cristãos. É nela que cada pessoa deveria fazer um encontro com Cristo”.

Ainda, de acordo com dom Sérgio, “essa renovação está ligada a articulação de pequenas comunidades, buscando integrar todas as instituições como escolas, universidades, etc”.

Dentro dos trabalhos da Assembleia Geral está sendo apresentando aos bispos a nova proposta de revisão do Missal Romano. Dom Armando Bucciol, que é o Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia e da Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos explicou que as Conferências estão encarregadas de revisar os textos. A primeira versão do Missal foi publicada em 1969, em latim e depois traduzida para outros idiomas.

O trabalho desta comissão da CNBB tem sido intenso e vem sendo realizado com cautela. “Não se trata apenas de traduzir, mas manter uma fidelidade ao texto original em latim. Para que seja acessível ao povo em uma linguagem litúrgica bela”, destacou dom Armando. O bispo aponta que a revisão não terá mudanças nos ritos. São correções simples, como, por exemplo, a unificação das respostas na celebração eucarística. A mudança será mais na linguagem e conteúdo e não propriamente no formato da celebração. (Silvonei José)

Fonte: Site da Rádio Vaticano

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